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Seis meses após início de ação da polícia, cracolândia persiste





A chegada do comércio informal à região, que também tem uma espécie de "mercado de pulgas" onde as pessoas permutam desde tênis até peças de rádio, comprova que, ao contrário do que previam as autoridades, a cracolândia não morreu.

Ela diminuiu, com a migração de dependentes para outras regiões da cidade, e se espalhou pelo próprio centro.


Na próxima terça-feira(03/07/2012), fará seis meses que a PM intensificou sua presença na área, com a promessa de acabar com o tráfico e abrir espaço para que agentes de saúde pudessem levar mais dependentes para o tratamento.

No entanto, o tráfico de drogas ainda persiste, conforme a Folha constatou na semana passada em sete visitas às ruas da região.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o número de atendimentos aos dependentes continuou o mesmo de antes da operação, mesmo após a inauguração do Complexo Prates, principal serviço público voltado para os dependentes de crack.

AÇÃO JUDICIAL

Levantamento do Ministério Público mostra que só um terço das pessoas encaminhadas para internação nas clínicas da prefeitura em janeiro, mês da entrada da PM na cracolândia, continuava o tratamento três meses depois.

O tratamento deveria durar seis meses, segundo o promotor Arthur Pinto Filho, que vai entrar com uma ação contra prefeitura e governo do Estado exigindo um sistema eficaz de tratamento.

O promotor diz que o Complexo Prates, inaugurado três meses após o início da operação policial, está "subutilizado" -mesma opinião da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, que esteve no local no fim de abril. A reportagem esteve duas vezes no complexo na semana passada e constatou sua ociosidade.

PREJUÍZO

A avaliação do Ministério Público, da ONG "É de Lei", que atua na região, e de especialistas ouvidos pela Folha é que a ação da polícia prejudicou o trabalho desenvolvido pela prefeitura na área desde 2009, com agentes de saúde.

Esses agentes atuavam sempre na mesma região, com o objetivo de estabelecer vínculo com os usuários de crack e, aos poucos, convencê-los a buscar tratamento.

Eles dizem que, ao espalhar os dependentes, a PM quebrou o vínculo e os agentes passaram a ser vistos como a força policial pelos usuários, que se afastaram. A prefeitura discorda e diz que o trabalho foi facilitado.

"Tratar a questão social da exclusão, do uso do crack e sua dependência por abordagem policial é um equívoco", diz o diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Cristiano Maronna.

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