avozmissionaria@hotmail.com

Pesquisar este blog

Destaque...

Lista Mundial da Perseguição 2021: hostilidade a cristãos aumenta

  Veja a Lista Mundial da Perseguição 2021 com o ranking dos 50 países onde os cristãos são mais perseguidos por causa da fé em Jesus. As in...

Kuweit (País Perseguido 30/2012)


Igrejas são proibidas de expor sinais exteriores, como a cruz ou o nome da congregação. Também não podem realizar atividades públicas.

A Igreja
Acredita-se que existem cristãos onde hoje é o Kuwait desde os tempos do apóstolo Paulo, mas o primeiro cristão de que se tem notícia no Kuwait foi um católico norte-americano que chegou ao país em 1795. A maioria das igrejas, no entanto, foi construída em anos mais recentes.
A história da comunidade cristã no Kuwait começou no início do século XX (1910), quando missionários da Igreja Reformada da América foram ao país realizar trabalhos humanitários e tiveram a oportunidade de compartilhar o evangelho com os kwaitianos. A primeira igreja do país foi a Igreja Evangélica Nacional do Kuwait, construída em 1931.
A descoberta dos poços de petróleo na década de 1950 atraiu milhares de cristãos estrangeiros ao país, o que contribuiu para o crescimento da comunidade cristã ali, além de mais duas igrejas: a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa Copta.
Estima-se que o número de cristãos no Kuwait seja de 400 mil pessoas, quase todos trabalhadores estrangeiros, em sua maioria indianos, filipinos, europeus, americanos e libaneses; a maioria pertence à Igreja Católica. Estima-se haver pouco mais de 200 cristãos nativos.
A Perseguição Religiosa
A Constituição de 1962 estabelece o islamismo como religião oficial do Estado e utiliza a sharia (lei islâmica) como principal base de sua legislação: há leis contra a blasfêmia, apostasia e evangelização de muçulmanos. No entanto, o texto também assegura a liberdade e a livre prática religiosa.
Em comparação com muitos países islâmicos, o Kuwait mantém uma postura moderada no que se refere a outras religiões. Os cristãos residentes no país podem se reunir livremente e estabelecer igrejas, e as relações entre muçulmanos e cristãos são abertas e amistosas. O governo não permite conversões de muçulmanos a outras religiões. Quando isso acontece, é de forma muito discreta. Se a conversão é descoberta, o indivíduo encontra hostilidade: perde o emprego, sofre danos em sua propriedade, é intimado repetidas vezes à delegacia, preso, abusado física e verbalmente, monitorado pela polícia.
Fora das quatro denominações reconhecidas (anglicana, copta ortodoxa, evangélica nacional e católica romana), igrejas são proibidas de expor sinais exteriores, como a cruz ou o nome da congregação. Também não podem realizar atividades públicas. Igrejas sem recursos financeiros para alugar um espaço podem se reunir em escolas nos fins de semana, embora os representantes das igrejas informem que as escolas foram pressionadas a impedir tais reuniões.
Não há uma lei específica que proíba estabelecer templos não muçulmanos; contudo, na prática, os poucos grupos que solicitaram licenças para construir novos templos não as obtiveram. Para alguns grupos religiosos, isso mostra que é impossível conseguir licença para um novo templo.
História e Política
Em pleno Oriente Médio, o Kuwait situa-se entre o Iraque e a Arábia Saudita, na Península Arábica, desfrutando de grande importância devido às suas substanciais reservas petrolíferas. Formado por terreno desértico, apenas 0,84% do território do Kuwait é arável. Seu nome deriva do diminutivo da palavra árabe "kut", que significa "forte" (fortaleza) ou “fortaleza construída perto da água”.
É possível que pessoas da idade da pedra tenham habitado a região onde hoje está o Kuwait: arqueólogos descobriram ferramentas da pedra lascada de aproximadamente 10 mil anos atrás; fragmentos de cerâmicas, facas e pérolas indicam que o local foi usado por povos que habitaram a antiga Mesopotâmia. Durante a Idade do Bronze (3000 a.C.), a região foi dominada pelo Império Dilmun, que se desenvolveu através do comércio marítimo.
No século III a.C., Failaka (atualmente a maior das nove ilhas do Kuwait) foi dominada por Alexandre, o Grande; escavações recentes na região demonstram as evidências da dominação helenística, tendo sido descobertas ruínas dos templos dedicados aos deuses Ártemis e Apolo. Os gregos utilizaram o Golfo Pérsico como uma importante passagem da Mesopotâmia à Índia. Os árabes muçulmanos chegaram à região no século VII, impondo sua religião e cultura aos povos ali presentes. Os portugueses foram os primeiros a chegar ao país, no final do século XV, impulsionando a economia da região através do comércio marítimo. Após os portugueses, vieram os holandeses e os ingleses.
A partir da segunda metade do século XVIII o país ficou sob o domínio da família Al Sabah – dinastia fundada pelo xeique Sabah Abdul Rahaim, em 1756, que governa o país até os dias atuais. Em 1938 houve a descoberta do petróleo no país, fato que revolucionou completamente sua economia. Quem se beneficiou disso foi a Grã-Bretanha, que tinha o Kuwait como seu protetorado e que, após a invasão da Rússia pela Alemanha, em 1941, aumentou ainda mais seu poder político sobre o Kuwait e também sobre o Iraque, temendo perder espaço para os alemães. O país se tornou independente da convenção anglo-otomana de 1913 em 19 de junho de 1961.
No início da década de 1990, o país foi invadido pelo Iraque de Saddam Hussein, sob a alegação de que o território do Kuwait pertencera historicamente ao Iraque. Com a ajuda dos EUA e seus aliados, o Kuwait conseguiu expulsar de seus territórios os iraquianos, saindo vitorioso da chamada “Guerra do Golfo”. As manifestações sociais que derrubaram ditaduras no mundo árabe também chegaram ao Kuwait e foram reprimidas com violência.
População
Com exceção das tribos nômades que habitam as areias do deserto, praticamente toda a população vive nos centros urbanos. Mas, dessa população, mais de 1 milhão é composta de imigrantes palestinos, egípcios, jordanianos, iranianos, paquistaneses, indianos, bengaleses e filipinos.
Embora a expectativa de vida seja de 77 anos, somente 2,9% da população ultrapassa os 65, e 72% têm entre 15 e 64 anos de idade. Com estudo obrigatório e escolas públicas, 93% de toda a população adulta kwaitiana é alfabetizada. Um programa de saúde nacional assegura o acesso gratuito ao atendimento médico.
Na prática, todos os cidadãos kwaitianos são muçulmanos sunitas, enquanto os estrangeiros muçulmanos que trabalham para o governo são majoritariamente xiitas.
Economia
Aproximadamente 10% de todas as reservas conhecidas de petróleo pertencem ao governo: a economia do país é dominada pelo ouro negro, correspondendo a 90% das receitas de exportação do país. Quase toda a população é de funcionários públicos. São os imigrantes que fazem o trabalho pesado: 80% da força de trabalho é formada por não-kwaitianos.
Grande parte dos alimentos que o país consome é importada, embora exista alguma atividade agrícola e pesqueira. O país sofre com a falta de água potável.

0 comentários:

Postar um comentário