Bebê sobrevivente do tsunami é encontrado
com vida na ilha de Pagai.
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Os socorristas acreditam que o balanço definitivo da gigantesca onda que atingiu na segunda-feira as ilhas Mentawai, na costa ocidental de Sumatra, pode superar 600 pessoas, uma vez que muitas das vítimas foram arrastradas pelo mar.
Segundo
a Agência Nacional de Controle de Desastres, o último balanço oficial é de 408
mortos e 303 desaparecidos. Outras 13 mil pessoas estão alojadas em abrigo e
412 pessoas estão hospitalizadas devido aos ferimentos sofridos pela onda
gigante, causada por um terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter.
"Quando
sobrevoamos a região ontem (quarta-feira), vimos muitos corpos. As cabeças e as
pernas saíam da água, alguns estavam nas árvores", disse na quinta-feira
um membro das equipes de socorro, Ade Edward.
O
chefe de missão da Federação Internacional da Cruz Vermelha em Sumatra
Ocidental, Hans Bochove, explicou que será "muito, muito difícil"
encontrar sobreviventes, pois já se passaram quatro dias desde o terremoto que
provocou a onda gigante.
Bochove disse que a situação ainda está sendo avaliada no arquipélago de 70 ilhas e ilhotas, cuja região sul foi engolida na segunda-feira por uma onda gigante de seis metros de altura que, segundo testemunhas, penetrou mais de meio quilômetro em terra firme.
A Cruz Vermelha enfrenta um problema de logística para entregar a ajuda nas ilhas, onde centenas de vítimas voltaram a dormir sem teto na última noite. Pouco a pouco vão chegando água potável, alimentos, barracas de lona e outros produtos básicos para a ilha de Pagai, onde dez vilas foram arrasadas e várias desapareceram.
A vila de Detumonga, na ilha de Pagai, foi a mais afetada pelo tsunami, com 170 mortos e 270 desaparecidos.
Bochove disse que a situação ainda está sendo avaliada no arquipélago de 70 ilhas e ilhotas, cuja região sul foi engolida na segunda-feira por uma onda gigante de seis metros de altura que, segundo testemunhas, penetrou mais de meio quilômetro em terra firme.
A Cruz Vermelha enfrenta um problema de logística para entregar a ajuda nas ilhas, onde centenas de vítimas voltaram a dormir sem teto na última noite. Pouco a pouco vão chegando água potável, alimentos, barracas de lona e outros produtos básicos para a ilha de Pagai, onde dez vilas foram arrasadas e várias desapareceram.
A vila de Detumonga, na ilha de Pagai, foi a mais afetada pelo tsunami, com 170 mortos e 270 desaparecidos.
Ajuda
humanitária
Inicialmente,
a Indonésia rejeitou ofertas de ajuda externa, mas a Austrália anunciou que
Jacarta havia aceitado auxílio para os dois desastres no valor de
aproximadamente um milhão de dólares.
A
Comissão Europeia destinou 1,5 milhão de euros (dois milhões de dólares) para a
assistência às vítimas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as
Nações Unidas estão dispostas a ajudar no que for necessário. Os Estados Unidos
e vários países asiáticos também ofereceram ajuda.
O mau tempo tem dificultado os esforços para enviar tendas, medicamentos, alimentos e água potável para as ilhas, que serão transportados de barco a partir do porto de Padang, que está a mais de meio dia de viagem.
Navios de guerra e tropas foram enviadas à região, mas são necessários mais helicópteros e botes para transportar a ajuda humanitária até as comunidades mais isoladas.
"Nossas equipes esperam em Padang desde a noite de segunda-feira para alcançar as áreas mais remotas", disse o diretor da World Vision, Jimmy Nadapdap.
Dave Jenkins, da agência sanitária independente Surfaid Internacional, cuja sede fica nas ilhas Mentawai, disse que "há previsão de mau tempo e uma situação jáextremamente difícil se agravou".
O mau tempo tem dificultado os esforços para enviar tendas, medicamentos, alimentos e água potável para as ilhas, que serão transportados de barco a partir do porto de Padang, que está a mais de meio dia de viagem.
Navios de guerra e tropas foram enviadas à região, mas são necessários mais helicópteros e botes para transportar a ajuda humanitária até as comunidades mais isoladas.
"Nossas equipes esperam em Padang desde a noite de segunda-feira para alcançar as áreas mais remotas", disse o diretor da World Vision, Jimmy Nadapdap.
Dave Jenkins, da agência sanitária independente Surfaid Internacional, cuja sede fica nas ilhas Mentawai, disse que "há previsão de mau tempo e uma situação jáextremamente difícil se agravou".
Em
meio à desolação, também se vive esperança. As equipes de emergência
conseguiram resgatar uma criança de 18 meses que sobreviveu três dias após
perder os pais, na remota ilha de Pagai Utara.
O
bebê, que nesta sexta-feira continuava internado em uma clínica local, foi
encontrado na quarta-feira por um menino de 10 anos dentro de um cano de
escoamento.
Previsão
As
autoridades ainda não explicaram por quê o sistema de alerta instalado depois
do tsunami asiático que em 2004 matou quase 170 mil pessoas na ilha de Sumatra
e em ilhas próximas não avisou sobre a catástrofe que se aproximava das ilhas
Mentawai.
As
autoridades asseguram que o sistema de alarme, dotado de boias para detectar a
onda gigante, deixou de funcionar há um mês pela falta de pessoal qualificado
para manutenção. No entanto, um técnico alemão que trabalha no projeto de
alerta assinalou que somente uma das 300 boias distribuídas no mar falhou.
"O sistema de alarme antecipado funcionou muito bem, é algo que se pode verificar", indicou Joern Lauterjung, chefe do projeto de alerta de tsunamis indonésio-alemão GeoForschungsZentrum.
De qualquer maneira, todos concordam que as ilhas estavam perto demais do epicentro e foram atingidas pelas ondas em cinco ou dez minutos, o que tornaria inútil qualquer alarme.
O sistema foi instalado após o tsunami de 2004, causado por um terremoto de magnitude 9,1 que destruiu cidades litorâneas de uma dúzia de nações banhadas pelo Oceano Índico e deixou 226 mil mortos.
"O sistema de alarme antecipado funcionou muito bem, é algo que se pode verificar", indicou Joern Lauterjung, chefe do projeto de alerta de tsunamis indonésio-alemão GeoForschungsZentrum.
De qualquer maneira, todos concordam que as ilhas estavam perto demais do epicentro e foram atingidas pelas ondas em cinco ou dez minutos, o que tornaria inútil qualquer alarme.
O sistema foi instalado após o tsunami de 2004, causado por um terremoto de magnitude 9,1 que destruiu cidades litorâneas de uma dúzia de nações banhadas pelo Oceano Índico e deixou 226 mil mortos.
Vulcão
Além
do tsunami, o vulcão Merapi, na ilha indonésia de Java, a cerca de mil km da
região atingida pela onda gigante, entrou novamente em erupção nesta
sexta-feira, três dias depois de ter provocado a morte de 34 pessoas e a
evacuação de cerca de 40 mil pessoas da área. Dos cerca de cem feridos,
44 permanecem hospitalizadas em estado grave.
A
maioria dos habitantes do local continua em abrigos instalados além do
perímetro de segurança. Em Sidoarjo, uma vila dentro da área de segurança de
dez quilômetros de raio em torno da cratera, parentes e amigos enterraram nesta
quinta-feira 20 das 34 vítimas em uma vala comum.
Do total de mortes, 25 ocorreram na encosta do Merapi, um dos vulcões mais ativos do arquipélago, enquanto o resto morreu no hospital devido aos graves ferimentos sofridos. Um manto cinzento cobre as casas, árvores e plantações que não foram atingidas pela lava.
Do total de mortes, 25 ocorreram na encosta do Merapi, um dos vulcões mais ativos do arquipélago, enquanto o resto morreu no hospital devido aos graves ferimentos sofridos. Um manto cinzento cobre as casas, árvores e plantações que não foram atingidas pela lava.
A
Indonésia se localiza no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona de
grande atividade sísmica, onde pelo menos 129 de seus mais de 400 vulcões estão
ativos. O país é atingido por cerca de 7.000 tremores anualmente, a maioria de
baixa magnitude e não sentidos pela população.
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