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Lista Mundial da Perseguição 2021: hostilidade a cristãos aumenta

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Djibuti (País Perseguido 39/2012)



Os que se convertem ao cristianismo enfrentam pressões sociais. 


A Igreja
A história da igreja no Djibuti se iniciou quando padres católicos chegaram ao país junto com os franceses, no final do século XIX, mas a diocese de Djibuti só foi estabelecida em 1955. As primeiras igrejas protestantes foram formadas entre 1940 e 1960. Existem hoje diversas igrejas católicas e um grupo reduzido de igrejas protestantes e ortodoxas.
A maioria dos cristãos constitui-se de trabalhadores estrangeiros. Um pequeno número de grupos missionários estrangeiros opera no país.
A perseguição Religiosa
Embora haja liberdade religiosa e de evangelização, esta última não é encorajada: é estritamente proibido pregar para muçulmanos. O governo requer que os grupos religiosos se registrem no Ministério do Exterior, submetendo-lhe um pedido. Esse Ministério, junto com o Ministério do Interior, investiga o grupo requerente. Uma vez aprovado, o requerente assina um acordo de dois anos, detalhando suas atividades.
Os que se convertem ao cristianismo enfrentam pressões sociais. Viagens recentes de correspondentes a Djibuti revelaram muitos exemplos de discriminação e perseguição, como atesta o seguinte relato: "Certa noite, nosso líder, um evangelista, dirigia uma reunião de oração em sua casa. Cerca de 20 muçulmanos armados de paus e pedras invadiram abruptamente o local e atacaram os cristãos. O evangelista foi esfaqueado na perna. Após a agressão, os criminosos fugiram, deixando-o semimorto."
"Em outra ocasião, estávamos em nossa sala de estar orando com outras pessoas. A polícia federal cercou e invadiu o local. Ela revistou o lugar, apreendendo documentos, livros e alguns materiais da igreja. As pessoas que participavam da reunião de oração foram presas. Na delegacia, um policial agrediu um dos cristãos com uma barra metálica, deixando-o seriamente ferido. Ele foi levado a um hospital e ficou internado por um longo período. Como Paulo e Silas haviam feito na prisão, o grupo começou a cantar e a louvar o Senhor. Alguns dos outros presos se juntaram a eles. Seis pessoas se converteram naquela cadeia. O grupo ficou preso por três dias."
"Muçulmanos convertidos também sofrem com a perseguição. Nossa comunidade foi compelida a persegui-los e eles acabaram excomungados. Perderam seus empregos e agora não têm casa nem comida. Há ainda outros casos de perseguição, mas o Senhor Jesus nos ensina a permanecer firmes em meio ao sofrimento. Ele também nos mostra que sempre estará por perto para nos ajudar. Jesus Cristo nos preserva do medo da perseguição. Prezado irmão em Cristo, ore para que o nosso Deus nos encha de coragem e nos ajude a alcançar os que ainda não conhecem a Cristo no Djibuti.
História e Política
O Djibuti ocupa um planalto quente e árido no nordeste do continente africano, região conhecida como Chifre da África. Seu território é repleto de lagos de água salgada e acomodam diversas cadeias montanhosas, algumas com altitudes superiores a 1.600 m; é considerado o menor país da África Subsaariana. O nome do país possivelmente significa “Terra de Tehuti” ou “Terra de Toth”, o deus egípcio da lua. A presença das tribos somalis Issa e Afar na região data de mais de mil anos; essas tribos comercializavam peles em troca de especiarias da China, Índia e Egito. Por seu contato muito próximo com a Península Arábica, foi um dos primeiros países da África a aderir à religião islâmica no século IX.
Devido à corrida neocolonialista que tomou conta das grandes potências europeias no século XIX, a França passou a ocupar a região do chifre da África na primeira metade do século XIX. Ao final da década de 1880, o Djibuti tornou-se parte da Somália Francesa, tornando-se a sua capital. O Djibuti tinha na época um importante porto natural, que atraía comerciantes do leste da África e da Somália. Desde então, o país foi administrado pelos franceses, inclusive durante a Segunda Guerra Mundial.
Após 1957, o governo francês concedeu maior autonomia política ao Djibuti, mas o governo local continuava prestando contas ao governo central em Paris. Em referendo de 1958, a Somália Francesa optou por tornar-se território ultramarino francês, com direito a representação no Parlamento. Em referendo popular promovido em 1967 pelo Governador-Geral, registrou 60% de votos favoráveis à permanência do Djibuti como território ultramarino francês. A partir de 1975, as reivindicações pela independência voltaram a intensificar-se e a Lei de Cidadania foi modificada, para adequar-se não somente à minoria afar, mas também à maioria dos issas somalis.
A independência do país foi proclamada em junho de 1977, quando Hassan Gouled Aptidon foi eleito presidente, tendo governado o país até renunciar, em 1999. No final da década de 1980 e início da década de 1990, surgiu no país uma poderosa facção armada denominada Frente Pela Restauração da Unidade e da Democracia (FRUD), formada por grupos rebeldes da minoria étnica afar e apoiada pela vizinha Etiópia, mas o grupo sofreu fragmentação política em 1994, sendo que parte negociava a paz e a outra parte defendia a luta armada contra o governo central de Gouled. Em 1999, o FRUD, em conjunto com a RPP (União Popular pelo Progresso), conseguiu eleger Ismael Omar Guelleh como presidente do país, substituindo Hassan Gouled Aptidon.
A nação ainda é unipartidária e seu presidente mantém fortes laços com a França, que conserva uma presença militar significativa no país. A única base militar norte-americana na África subsaariana também fica no Djibuti.
População
A população divide-se majoritariamente entre dois grupos étnicos: os issas, de origem somali (60%), e os afares, de ascendência etíope (35%). Como idiomas oficiais, o país adota o árabe e o francês, mas os dialetos somalis e o afar são muito utilizados. Dois terços da população do país vivem na capital, Djibuti; o restante é composto de pastores nômades.
Economia
A economia do Djibuti é baseada em atividade de serviços relacionados com a sua localização estratégica no chifre da África, favorecendo o comércio marítimo. O clima árido e seco e a falta de chuvas dificultam a produção de culturas como frutas e legumes, por isso muitos alimentos têm de ser importados. O Djibuti desempenha importante papel como porto de trânsito para importações e exportações do seu vizinho, a Etiópia.
O país é muito dependente de ajuda externa para equilibrar sua balança financeira, financiando projetos de desenvolvimento e pagamentos de dívidas, já que seus recursos naturais são escassos e sua indústria é pouco desenvolvida. O país enfrenta uma alta taxa de desemprego nas áreas urbanas: cerca de 60% da população está desempregada.

1 comentários:

Anônimo disse...

"...as portas do inferno não prevalecerão" Que o senhor continue lhe dando força e graça para continua amém estamos juntos.

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