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Homicídios no Brasil devem cair até o fim do ano, diz secretária nacional


Com cerca de 46 mil assassinatos por ano, o Brasil tende a ver uma redução nesse indicador até o fim do ano, de acordo com a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Em entrevista ao UOL Notícias, ela afirmou que as ações da Força Nacional, novas ferramentas tecnológicas de acompanhamento e planos para áreas degradadas estão ajudando a reduzir o total de homicídios, mas evitou fixar uma meta para 2011.

“A Bahia lançou um pacto pela vida que já vem dando muito certo em vários países. Acompanhamos algumas notícias de que a Bahia teve redução de 16% nos homicídios. Pernambuco também teve um resultado ótimo. Acredito que tenhamos ao final do ano uma significativa queda nos homicídios, já que Rio, São Paulo e Minas já estão puxando essa queda acentuada”, afirmou Miki. “Isso também está acontecendo na região Norte.”


A secretária disse que a principal preocupação do governo é com as fronteiras, por onde entram drogas e armas. Essas áreas tiveram aumento de 25% nos homicídios no ano passado, enquanto outras regiões exibiram elevação de 8% no indicador. Recentemente, o Ministério da Justiça lançou um Plano de Monitoramento de Fronteiras, com ações permanentes para conter a criminalidade, mas sem metas divulgadas até o momento, por questões de segurança.

Entorno do DF


Apesar de ter havido grandes apreensões neste ano, a secretária nacional reconheceu que “isso só não se traduz em uma política acertada”. “Mas também traz a tranquilidade para o diagnóstico de uma política estruturante”, afirmou Miki. Apesar de a obrigação com segurança pública ser dos Estados, ela avalia que “a palavra-chave neste momento é integração”, como na gestão da crise de segurança no entorno do Distrito Federal.

“Embora essa competência seja dos Estados, nós queremos aportar tecnologia, capacitação”, afirmou. Para acompanhar as ocorrências nos Estados, o governo deve lançar em breve o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, com dados atualizados e padronização do registro de ocorrências no Brasil. Há dois meses, o Ministério da Justiça tem informações minuto a minuto de áreas onde trabalha a Força Nacional de Segurança Pública.

Além da integração dos poderes, outro legado que a operação no entorno do Distrito Federal deve deixar é um mapeamento das áreas violentas, que começará em agosto e durará dois meses. “Possivelmente esse mapa futuro dos homicídios ali nos dê uma melhor margem para aplicarmos medidas no resto do país”, disse a secretária. Cinco cidades goianas do entorno da capital federal já recebem reforço da Força Nacional de Segurança Pública.

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