O número de mortos em consequência da chuva que castigou Nova Friburgo, na região serrana fluminense, nesta semana, já ultrapassa os 200 e não para de subir. Em entrevista à Agência Brasil, o secretário municipal de Comunicação, David Massena, disse que ainda há “muitos corpos” sob escombros na cidade, já que os bombeiros ainda trabalham no resgate das vítimas e sequer chegaram a alguns pontos isolados do município.
“A gente sabe que tem muito corpo ainda. Mas estamos priorizando neste momento o resgate de sobreviventes e torcendo para parar de chover. Ainda há bairros isolados, como Campo do Coelho, Vargem Alta, Colonial 61, Toledo. Outros estão com difícil acesso e a gente chega na medida do possível”, disse.
Segundo ele, a prefeitura já montou quatro abrigos para receber pessoas que perderam suas casas e não têm onde ficar. Além disso, igrejas que não se localizam em área de risco receberam um pedido da prefeitura para receber desabrigados.
Dois dias depois da chuva, as ruas de Nova Friburgo ainda estão repletas de lixo e lama. Grande parte do comércio continua fechada e motoristas enfrentam grandes filas para abastecer os carros nos poucos postos de gasolina abertos no município.
Garis
Garis da Companhia de Limpeza Urbana da cidade do Rio de Janeiro (Comlurb) iniciaram hoje o trabalho de retirada de lama e lixo das ruas de Nova Friburgo, município da região serrana fluminense que foi castigado pelas chuvas esta semana.
Equipes da Comlurb foram cedidas pela prefeitura carioca ao município do interior por uma semana.
A força-tarefa enviada pela Comlurb a Nova Friburgo conta com cerca de 300 homens e 30 veículos, entre caminhões, carros-pipa, tratores e outras máquinas.
“Nossa missão aqui em Friburgo é fazer a liberação do centro da cidade, a praça, o entorno do hospital e as principais vias, para que a cidade de Friburgo comece a ter a normalidade no seu dia a dia e a população possa recuperar sua normalidade de vida”, disse o secretário municipal de Conservação do Rio, Carlos Osório, que também chegou hoje à cidade.
Técnicos da empresa de geotecnia da prefeitura do Rio, a Geo-Rio, também estão em Nova Friburgo e em Teresópolis para fazer uma avaliação das áreas de risco dessas duas cidades.
Balanço
Balanço
A sexta-feira (14) na região serrana do Rio de Janeiro começou com chuva e com aumento nos números de mortos em função dos deslizamentos dos últimos dias, nesta que já é considerada a maior tragédia climática do Estado e do país.
Até as 15h30, mais de 520 pessoas mortas já haviam sido confirmadas em dados fornecidos pelas prefeituras e Defesas Civis dos municípios atingidos, além da secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio (Sesdec).
Segundo a Polícia Civil do Estado do RJ, cerca de 400 corpos já foram identificados até as 12h. Quatro corpos de São José do Vale do Rio Preto, confirmados apenas hoje, também foram identificados.
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